A danação se refere ao modo desorganizado em que, muitas vezes, o objeto está exposto no museu, de maneira confusa, morta e pouca comunicativa, parecendo despido de vida social. O objeto, pelo contrário, é portador de forte traço cultural e importante recurso de aprendizagem. A relação dos museus de história com o ensino costuma ser tensa, visto que essas instituições ainda não conseguem desenvolver ações educativas adequadas para a produção do conhecimento.
Nesse sentido, o autor traz propostas pedagógicas para o exercício da reflexão crítica e dá destaque ao “objeto gerador” que trabalha com a “palavra geradora”. O termo não é novo no campo museal, pois nos anos oitenta e início dos anos noventa já era colocado em textos e palestras. Para que os trabalhos na área sejam aprimorados e levados à diante é necessário haver comprometimento com o ato educativo, que envolve um atendimento programado, sistematizado por parte dos museus em sintonia com a prévia preparação dos professores.
A visita à instituição deve começar na sala de aula, com atividades lúdicas que utilizem materiais do cotidiano, facilitando a leitura dos objetos, observando a história que há na materialidade das coisas através da problematização e do questionamento. Da mesma forma, penso que deve continuar na sala de aula, por meio de recaptulações do que foi trabalhado. É importante também ressaltar que o museu não deve fazer relação somente com o passado, mas sim educar a partir das vivências do presente e do que pode acontecer no futuro. Na minha opinão, isso contribui, e muito, para a mudança de visão que as pessoas costumam ter dos museus, ou seja, como um lugar preso às amarras do passado.